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Bronquiolite: a importância da prevenção

A bronquiolite é uma doença das vias aéreas inferiores que começa com um resfriado comum, mas evolui para tosse, cansaço e desconforto respiratório. É preciso estar atento aos sintomas pois eles podem piorar rapidamente, principalmente em bebês menores de 3 meses, ou com alguma comorbidade, como prematuridade, doença do refluxo gastroesofágico, cardiopatia ou alguma outra doença de base.

No post anterior entendemos pouco o que é a bronquiolite e porque ela é tão prevalente nessa época do ano, mas que pode também ocorrer nos outros meses.

Entendemos quais são os sinais de alerta que devemos estar atentos e quando levar ao pediatra para avaliação.

Hoje vamos entender qual o seu tratamento e o que você pode fazer em casa para melhorar o desconforto respiratório do seu bebê, além de medidas eficazes para prevenir a doença!

Agora, vamos falar um pouco sobre PREVENÇÃO!

Como prevenir a doença?

Amamentação

O incentivo do aleitamento materno é uma medida eficaz na prevenção de infecção pelo vírus sincicial respiratório, principal agente da bronquiolite e diminui em um terço o risco de hospitalização por infecção do trato respiratório inferior (como a penumonia).

Diga não ao cigarro!

Pacientes que convivem com tabagistas têm maior risco de desenvolver bronquiolite.
Por isso mamãe ou papai, se você fuma, saiba que isso pode prejudicar muito o seu bebê, além de todos os outros efeitos danosos que o cigarro têm…Parar de fumar é um esforço que vale a pena, pois têm benefício para todos!

Lavagem das mãos e uso do álcool gel

É uma medida simples e eficaz na prevenção da transmissão da doença. O álcool gel pode ser uma opção alternativa eficaz e rápida. Por isso, mamãe, se você está resfriada e não quer passar para o seu bebê, lave bem as mãos, várias vezes, tenha um álcool gel sempre à mão e quando for amamentar, se ainda amamenta, use uma máscara simples.

Mamãe ou papais resfriados

Isso vale também para titios, vovós e irmãzinhos. Se estiver resfriado, dobro de cuidado com lavagem das mães e uso de máscar simples pode impedir que o seu resfriado passe para o seu bebê. Muitas vezes a doença é passada dessa forma, e o que é somente um resfriado no adulto pode causar a bronquiolite na criança.

Se você está com tosse e seu bebê tem menos de 6 meses, informe-se sobre a vacina triplice bacteriana acelular, a DTPa (Difteria, Tétano e Pertussis) que protege contra coqueluche, outra doença que já expliquei aqui e vale a pena conferir! Esse assunto é outro, por isso não vou me aprofundar aqui, mas é uma das doenças que pode ser confundida com a bronquiolite, e o pediatra deve estar atento.

Outras medidas específicas que podem ser feitas para evitar “pegar” a doença:

Vacina contra influenza

A vacina é uma medida acessível e eficaz na proteção contra vários tipos de vírus responsáveis pela bronquiolite. Está disponível no SUS, em postos de vacinação e em clínicas particulares.

Vacine você e seu filho contra a gripe!  A vacina pôde ser realizada nos bebês partir de 6 meses, e pode ser feita anualmente. Fique de olho nas campanhas! Informe-se dos detalhes com o seu pediatra.

Palivizumab

O Palivizumab é uma imunoglobulina hiperimune contra o vírus sincicial respiratório (VSR), um anticorpo monoclonal contra o VSR.  Seu uso não previne a infecção pelo vírus, mas evita as formas graves na população de alto risco, para quem há indicação da sua utilização.

Além disso há o risco de reações e efeitos adversos, por isso não deve ser usado de rotina.

Seu alto custo limita o uso em larga escala, mas o governo brasileiro disponibiliza esta medicação para as seguintes situações:

 
  • Menores de um ano nascidos prematuros abaixo de 28 semanas
  • Menores de dois anos de idade portadores de:
    • Cardiopatias congênitas cianóticas
    • Cardiopatias com hipertensão pulmonar grave
    • Cardiopatias com repercussão hemodinâmica (em uso de medicação)
    • Doença pulmonar crônica da prematuridade em uso de terapia medicamentosa nos 6 meses que antecedem a estação de pico (outono e inverno)

Consulte o pediatra para saber se seu filho entra nesses critérios.



Até a próxima,

Dr.Marcos Guarino

Texto extraido do Blog Pediatra On Line



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