Se você é novo por aqui, seja bem vindo! Hoje vou falar sobre dermatite na área de fraldas. Pode parecer um assunto menos interessante que os demais, no entanto, é preciso considerar que até os 2 anos de vida 25% das crianças irão apresentar esta inflamação cutânea. Por isso, como profissionais da saúde, precisamos ter conhecimento sobre o assunto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a dermatite de fraldas é a forma mais frequente de dermatite de contato por irritante primário na criança. É uma erupção inflamatória aguda da pele da área coberta pela fralda que ocorre em lactentes e pré-escolares que utilizam fraldas. A lesão cutânea na dermatite de fraldas é desencadeada por processo inflamatório na pele coberta pela fralda e resulta da interação do aumento da umidade, do pH elevado, de enzimas fecais e micro-organismos que se desenvolvem pela condição ideal proporcionada pela oclusão. Também pode ocorrer irritação por meio da limpeza e, principalmente, pela utilização de lenços umedecidos contendo álcool ou sabão com pH alcalino. É importante ressaltar que estes fatores provocam à quebra da função da barreira cutânea, e corroboram com o surgimento da lesão que poupa as pregas e dão uma configuração clínica semelhante à letra “W”.
Como estes fatores são constantes, enquanto a criança estiver utilizando fraldas, medidas preventivas devem ser aplicadas até o momento da aquisição do controle esfincteriano e retirada das fraldas.
A manifestação clínica pode ser:
Leve com eritema localizado e pouca descamação (Figura 1);
Moderada, com eritema mais intenso e pápulas (Figura 2);
Grave, com intenso eritema, maceração, pápulas, pústulas e exulcerarão
História Clínica: Permite excluir outras causas e detecta fatores desencadeantes da doença. Importante de perguntar para os pais ou responsáveis sobre:
Tempo de evolução
Localização inicial
Sintomas como dor ou prurido
Medidas de higiene utilizadas nas trocas
Exposição a substâncias e produtos de higiene
Uso recente de antibiótico
Aumento da frequência de evacuações e micções
Frequência de troca de fraldas
Hábitos alimentares e mudanças nos mesmos
Tratamento:
Trocar as fraldas com maior frequência que a habitual após cada evacuação ou micção. Nos recém-nascidos, a cada 2 horas e à medida que diminui o número de evacuações a troca a cada 3 a 4 horas é adequada. As fraldas cada vez mais absorventes evitam a hiper-hidratação e diminuem o contato com urina e fezes;
Limpar suavemente a região com água fria ou morna e sabonetes com pH ácido. Esta medida permite manter o manto ácido. Na presença de fezes utilizar um sabonete infantil líquido. Os lenços úmidos, desde que sem álcool ou fragrância, podem ser uma opção para a limpeza ocasional. Limpar de maneira muito suave sem esfregar a pele e enxugar com suavidade;
Expor a pele ao ar logo após a limpeza, para secar a pele melhor;
Aplicar cremes de barreira a utilização contínua nas trocas de fralda é uma medida eficaz de prevenção da dermatite de fraldas e também tem efeito terapêutico. Os cremes de barreira formam um filme lipídico que protege da umidade e evita o contato com irritantes. Deve ser hipoalergênico e dermatologicamente testado. Estes produtos exercem atividade protetora e preventiva ao mesmo tempo, por meio da formação de um filme na superfície cutânea. Devem ainda ser de fácil aplicação e inócuos para a pele das crianças. O creme deve ser aplicado em uma camada que cubra as áreas passíveis de lesão, nas trocas subsequentes não é necessário remover toda a camada, as áreas que não contiverem resíduos de fezes podem ser mantidas e se renova a aplicação.
Orientação de higiene para prevenção da dermatite de fraldas:
Lavar as mãos antes e depois das trocas
Trocar a fralda o mais breve possível quando a criança urina ou evacua. A cada 1 a 2 horas de dia (RN) e pelo menos uma vez durante a noite – A cada 3 a 4 horas de dia no lactente
Limpeza: não esfregar para evitar dano cutâneo. Limpar o períneo da frente para trás. Não remover toda a camada de creme de barreira se não houver resíduos.
Deixar a região perineal exposta ao ar um tempo.
Aplicar o creme de barreira de modo que a camada que cubra toda a região exposta.
Referências Bibliográficas: Documento Científico – Departamento Científico de Dermatologia Sociedade Brasileira de Pediatria Nº 1, Outubro de 2016
Dermatite da Área das Fraldas
Olá Ped Experts, como estão?
Se você é novo por aqui, seja bem vindo! Hoje vou falar sobre dermatite na área de fraldas. Pode parecer um assunto menos interessante que os demais, no entanto, é preciso considerar que até os 2 anos de vida 25% das crianças irão apresentar esta inflamação cutânea. Por isso, como profissionais da saúde, precisamos ter conhecimento sobre o assunto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a dermatite de fraldas é a forma mais frequente de dermatite de contato por irritante primário na criança. É uma erupção inflamatória aguda da pele da área coberta pela fralda que ocorre em lactentes e pré-escolares que utilizam fraldas. A lesão cutânea na dermatite de fraldas é desencadeada por processo inflamatório na pele coberta pela fralda e resulta da interação do aumento da umidade, do pH elevado, de enzimas fecais e micro-organismos que se desenvolvem pela condição ideal proporcionada pela oclusão. Também pode ocorrer irritação por meio da limpeza e, principalmente, pela utilização de lenços umedecidos contendo álcool ou sabão com pH alcalino. É importante ressaltar que estes fatores provocam à quebra da função da barreira cutânea, e corroboram com o surgimento da lesão que poupa as pregas e dão uma configuração clínica semelhante à letra “W”.
Como estes fatores são constantes, enquanto a criança estiver utilizando fraldas, medidas preventivas devem ser aplicadas até o momento da aquisição do controle esfincteriano e retirada das fraldas.
A manifestação clínica pode ser:
História Clínica: Permite excluir outras causas e detecta fatores desencadeantes da doença. Importante de perguntar para os pais ou responsáveis sobre:
Tratamento:
Orientação de higiene para prevenção da dermatite de fraldas:
Referências Bibliográficas:
Documento Científico – Departamento Científico de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Pediatria Nº 1, Outubro de 2016
Até a próxima,
Dr.Marcos Guarino
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