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Vacinação contra a gripe: o desafio contra “fake news”

Quem deve estar imunizando é o grupo de indivíduos que são
considerados de risco: crianças de 6 meses a 6 anos incompletos,
gestantes, mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias, pessoas com
mais de 60 anos de idade, profissionais da saúde, professores da rede
pública e privada, população indígena, portadores de doenças crônicas
(diabetes, asma e artrite reumatoide – entre outros).


A ação é de grande importância para conter o quadro crítico mundial de
contágio da gripe que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
tem gerado cerca de 650 mil óbitos por ano em todo o mundo.
A falta de informação ou informações incorretas, sem aval científico, as
populares “fake news”, tem gerado o que ficou conhecido como “movimento antivacina”, propagando efeitos adversos errôneos.


Além das já constantes dificuldades econômicas de produção e distribuição
de vacinas, a saúde acaba sofrendo com a crise de credibilidade,
aumentando as complicações em efeito cascata para todo o sistema e a
população.


Em consultório sempre friso aos pais que, embora a gripe seja uma das
doenças que atinja mais pessoas anualmente, ela continua a ser
menosprezada pela população, o que explica o alto índice de mortalidade
em todo o mundo relatado pela OMS.


Por isso, nesse contexto hostil para a saúde, bebês e crianças estão no
grupo de risco (assim como idosos), sendo os mais frágeis na luta contra
infecções pelos variados tipos de vírus da gripe, devido a imaturidade do
sistema imunológico deles.


O recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela Organização
Mundial de Saúde é que, a partir de 6 meses de idade os bebês devem
receber a vacina contra a gripe. Reforço que as reações à vacina são raras,
leves, sendo comum a febre vacinal que é controlada com antitérmicos
prescritos pelo médico da criança.


Dores no corpo também podem ocorrer, embora mais raramente, sendo
também tratadas com analgésicos. Já qualquer reação maior como
vermelhidão geral no corpo, febre alta ou inflamação no local da vacina,
devem ser avaliadas em atendimento médico.


Outro alerta importante e que voltei a fazer em consulta é sobre o quão
fundamental é que os pais e demais pessoas que tenham contato com a
criança e o bebê também estejam vacinadas, já que os vírus da gripe, assim
como outros tantos, são transmitidos no contato com a saliva e mesmo ao
respirar em ambiente contaminado.
O benefício da vacina é inegável, proporcionando mais segurança para o
desenvolvimento pleno da criança; vacine-se e vacine seu filho!
Até a próxima,

Dr.Marcos Guarino

Texto extraido do Blog Pediatra On Line

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